Pe. Rubens nov 22, 2021

Praça Central: leigos refletiram sobre a “difícil arte da amizade social”

Praça Central: leigos refletiram sobre a “difícil arte da amizade social”

Da Redação, Rui Saraiva – Portugal

Decorreu no sábado dia 20 de novembro em Almada, na diocese de Setúbal, mais uma edição da iniciativa “Praça Central”, atividade promovida pela Conferência Nacional das Associações do Apostolado dos Leigos em Portugal, que juntou centenas de participantes. Teve como tema “A difícil arte da amizade social. Como é importante sonhar juntos!”, colhendo inspiração na Encíclica do Papa Francisco “Fratelli tutti”.

Um evento que todos os anos convoca “mulheres e homens de Portugal para um dia de diálogo sobre política, cidadania e cultura, tendo por ponto de partida a matriz cristã e por inspiração as propostas do Papa Francisco para a sociedade atual” – refere uma nota da organização.

Destaque para a conferência do cardeal Sean Patrick O’Malley, arcebispo de Boston, que através de transmissão vídeo afirmou que os católicos são chamados a liderar o combate à xenofobia e ao racismo.

“Aqueles que levantam muros acabarão por ser escravos dentro dos próprios muros que construíram”, disse o purpurado apresentando a solidariedade como “antídoto” para qualquer discriminação – refere a Agência Ecclesia.

Foram muitos os intervenientes neste dia de reflexão do laicado português. O médico cardiologista Luís Parente Martins disse que a “amizade social” proposta pelo Papa Francisco exige unidade e diálogo em todos os âmbitos. Realçou a necessidade de serem feitas “verdadeiras escolhas éticas”, convidando os católicos a promoverem valores e atitudes.

A Agência Ecclesia assinala ainda outras personalidades que participaram neste evento, como Manuel Carvalho da Silva, investigador e antigo responsável sindical que falou da compreensão da amizade como inclusão e não como “escolha” que limita. Citou o Papa Francisco, que no número 162 da Encíclica ‘Fratelli tutti’ escreve que “a grande questão é o trabalho”, como dimensão essencial da vida social.

Rita Valadas, presidente da Cáritas Portuguesa, também foi oradora e aludiu à sua vivência em Angola dizendo ser alguém que “não se conforma”. Assinalou a importância da atitude de procurarmos “soluções com os recursos que temos”.

Durante a tarde de dia 20 de novembro decorreram workshops com cerca de 50 intervenientes que abordaram quatro temas centrais: cidadania, política, cultura e diálogo.

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