Nomeado o relator-geral do próximo Sínodo dos Bispos

Da Redação, com Boletim da Santa Sé e Secretaria Geral do Sínodo

O Papa Francisco nomeou o relator-geral da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos: é o Cardeal Jean-Claude Hollerich, S.I, arcebispo de Luxemburgo. A nomeação foi divulgada pela Santa Sé nesta quinta-feira, 8.

Essa próxima assembleia sinodal terá como tema “Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. Pela primeira vez, será um Sínodo descentralizado, acontecendo também nas dioceses em todo o mundo.

Trata-se de um caminho sinodal de três anos e articulado em três fases: diocesana, continental e universal. O início será em outubro próximo e a conclusão será em outubro de 2023 em Roma.

O que faz o relator-geral?

Entre as funções do relator-geral, está a apresentação de um relatório logo no início da assembleia sinodal. Faz-se uma exposição do assunto a tratar, do Documento de Trabalho e dos pontos de discussão. O relatório é enviado previamente ao Secretário Geral.

Durante os trabalhos da assembleia, o relator-geral preside a preparação do Documento Final, que será submetido à aprovação dos padres sinodais, e o apresenta à Congregação Geral.

O relator-geral também pode realizar outras comunicações ao longo da reunião, para sintetizar temas e esclarecer alguns pontos, além de ilustrar o andamento da elaboração do Documento Final.

Sobre o cardeal Hollerich

O Cardeal Jean-Claude Hollerich, S.I., tem 62 anos e é natural de Differdange, Luxemburgo. Entrou na Companhia de Jesus em 1981, e foi ordenado padre em Bruxelas em 1990.

Os votos definitivos foram na Igreja de Santo Inácio em Tóquio, no Japão, em 18 de outubro de 2002, passando para a província japonesa da Companhia. Foi delegado da conferência episcopal japonesa para a preparação e participação na Jornada Mundial da Juventude de 2005 em Colônia.

Em 2008, foi escolhido como reitor da comunidade dos 65 jesuítas da Universidade Sophia e vice-reitor para assuntos gerais e estudantis do mesmo local. Assim, entrou em contato direto com numerosas comunidades acadêmicas na Ásia, Europa e América. Ao mesmo tempo, foi consultor da província japonesa da Companhia de Jesus.

Em 2011, voltou à sua pátria pois foi nomeado pelo então Papa Bento XVI como arcebispo de Luxemburgo. A ordenação episcopal foi em 16 de outubro de 2011 na catedral de Luxemburgo.

Em 2015, participou da XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, sobre a vocação e a missão da família. Experiência esta repetida em 2018, na assembleia sinodal dedicada aos jovens.

Em 8 de março de 2018, assumiu a presidência da Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia. O órgão reúne os bispos europeus para examinar a política e a legislação da União Europeia do ponto de vista da doutrina social da Igreja.

Foi criado cardeal pelo Papa Francisco no consistório de 5 de outubro de 2019.