Pe. Rubens out 18, 2021

Na Alegria e na Unidade, festejamos a Aliança de Amor

Na Alegria e na Unidade, festejamos a Aliança de Amor

Da Redação, com informação de Fernando Castilho Valderrama e Liga de Famílias de Schoenstatt

No domingo, 17 de outubro de 2021, a família de Schoenstatt das Dioceses de Barretos, Franca, Jaboticabal e São Carlos se reuniu à sombra do Santuário para celebrar os 107 anos da Aliança de Amor. E o dia começou com a acolhida e a vivência feita pelas Ligas de Família e Mães, juntamente com nossa assessora local, Irmã Gislaine Lourenço que sempre recebe a todos com muito carinho e atenção.

Pelo caminho da vida, levamos o brilho da Aliança de Amor

Na vivência foi explanado sobre o caminho da Aliança de Amor que temos que trilhar para que possamos conquistar e conhecer melhor sobre o carisma que nosso Pai e Fundador gentilmente conduziu os primeiros congregados marianos na capelinha do seminário Palottino.

Peregrinando até o Santuário, todos conheceram o primeiro “ponto” importante para a Aliança de Amor: o vínculo com o “Lugar” nos leva a termos um local somente nosso de abrigo, transformação e chamado para missão.

Após reconhecermos os valores de nosso “belo lugar”, a família e os peregrinos foram convidados a se aproximar da estátua de nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich. O segundo “ponto” é o vínculo com o “Fundador”: seguir os passos e levar o aprendizado de nosso Pai e Fundador na nossa vida nos faz conduzir a vida de forma orgânica, buscando a santidade da vida diária.

No caminhar pelo jardim do Santuário, todos foram convidados a se conduzir pela Via Sacra, conquistada como um belo presente pelos 20 anos do Santuário. A vivência nos levou a lembrar que para sermos dignos cristãos temos que amar o caminho do Calvário e reconhecer a entrega de Cristo para a nossa Salvação. Através da Via Crucis reconheçamos as exigências da Aliança de Amor com entrega para o Capital de Graças.

Ao chegar na pira de Engling, recordamos daquele que nomeia este símbolo – José Engling – que foi o verdadeiro documento de fundação vivido, seguindo as exigências da Aliança de Amor a fio e se entregando na guerra no lugar de um pai de família. Engling seguiu as exigências com muita entrega e amor. Neste momento fez-se a queima do Capital de Graças fruto da entrega de cada peregrino e família de Schoenstatt.

Conduzidos após a pira, a família de Schoenstatt e os peregrinos se dirigiram a Ermida da MTA onde foi falado sobre as promessas de Maria na Aliança de Amor com a entrega das exigências e do Capital de Graças.

Completando o ciclo, retornamos a frente do Santuário e nos encontramos com a MTA: o vínculo com a Mãe de Deus remete a ação de união entre os três pontos de contato. Não tem como se vincular a dois e desvincular-se com o terceiro. Não existe um sem o outro no Movimento de Schoenstatt. E premiando este lindo momento da vivência, peregrinos das dioceses de Franca e Barretos fizeram suas “trocas de corações” e o convite para a Maria estabelecer morada em seus lares.

 

A oração que ilumina e alegra o colo de Maria

 

Após o almoço, todos se dirigiram ao salão para a reza do terço com a juventude apostólica de Schoenstatt e a União de Famílias. A cada oração, a família acendia uma vela e ao final da oração, um lindo terço de formou em frente ao altar.

A cada mistério rezado, a juventude contemplava os mistérios gloriosos refletindo o dia a dia da nossa sociedade e de cada um de nós, individualmente.

Um lindo terço luminoso irradiava as graças de cada um que ali acendeu a sua vela e agradeceu por uma graça alcançada ou o implorar pelo zelo nas dificuldades e de nossos pecados.

Juntamente a oração do terço, a União de Famílias conduziu lindamente a adoração ao Santíssimo. Momento de vínculo com Jesus Eucarístico, adorando e pedindo, rezando e agradecendo por tudo que nossa Mãe através de seu Santuário de Graças e seu filho Jesus fizeram nestes 20 anos.

 

Um bispo abandonado nas mãos de Maria.

 

A missa para fechar com laços de amor as festividades da Aliança de Amor, contou com a presença do nosso querido Administrador Diocesano da Diocese de São Carlos, Dom Eduardo Malaspina que prontamente se uniu aos fiéis para celebrar gentilmente a Santa Missa.

Já, ao início da missa, Dom Eduardo expressou sua alegria de estar presente com todos e lembrou carinhosamente que “onde quer que tenha uma vida consagrada, alí há alegria”. Recebeu a todos com muito zelo, abraçando também os diáconos Antônio Sérgio Vendramin e Norberto Bovo e lembrou a todos de “como é bom estar na casa da Mãe”.

E sua homilia, fez deferência a todos aqueles que estão empenhados na evangelização através da Campanha da Mãe Peregrina e através de Schoenstatt. Dom Eduardo remeteu que Papa Francisco revelou que um de seus professores em sua formação presbiteral dizia que a homilia de uma missa deve conter três elementos básicos: ideia, sentimento e imagem. Assim, Dom Eduardo, que por suas palavras parecia que estava participando das festividades da Aliança de Amor como se tivesse sido o primeiro a chegar, inclinou-se a dizer que a “ideia” que nos leva até ali é o Santuário e todos os significados que ali estão imbutidos.

Em seguida, Dom Eduardo nos “deu o sentimento”: A gratidão a Deus. Como é bom agradecer a Deus através da Eucaristia e de todas as nossas entregas. Por fim, Dom Eduardo apresenta a Imagem: A Mater Ter Admirabilis é a imagem que nos trás até ali e nos faz sentir parte do todo.

Em continuidade, Dom Eduardo reflete sobre o Salmo e o “transbordar em toda a terra a graça de Deus”. O Santuário, em suas palavras, transborda essa graça através do Capital de Graças. Coloca gentilmente também que a carta de Hebreus revela a “aproximação ao Trono de Graças”. Sendo o Santuário um trono de graças de onde a Mãe e Rainha reina, governa e triunfa, permite que a partir dali, muitos que se aproximam recuperam a sua dignidade, vencem no amor através da nobreza de sentimentos e da generosidade das almas que se propõe ao ideal de ser Tabor.

Dom Eduardo relembrou ainda o documento de fundação do Movimento Apostólico de Schoenstatt “(…) as coisas pequenas (…) foram a fonte de coisas grandes (…)”. Assim é a atitude nossa na condução de evangelizar com a nossa vida. São pequenos atos que levam a grandes mudanças em nossas vidas e na vida do próximo. E de forma análoga, Dom Eduardo mostrou o como devemos fazer isso comparando com a atitude de Tiago e João que não as fizeram como deveria: queriam ter vantagens e estar “um a direita e o outra a esquerda”. Jesus não quer que façamos “pequenas coisas” com interesse, mas sim com servidão. E ainda reforça que “entre nós não pode ser assim”. Cristo quer uma Igreja de servidores que “gastam” suas vidas pelo Evangelho, com alegria, sendo o homem novo na nova sociedade (PJK), ou seja, sendo o “quinto Evangelho”. Temos que viver a obra como instrumento de Maria.

Ao final da missa, Dom Eduardo humildemente pediu orações para nossa Diocese que está sede vacante. Como bispo, ele exerce caridosamente a gestão hierárquica da diocese, mas que por suas percepções é iminente a nomeação de um bispo e que seu futuro como bispo responsável está sob os cuidados de Maria e que por isso ele entrega estes cuidados a Ela.

Após a benção, Irmã Gislaine convida a todos para se dirigir a entrada do caminho da Via Sacra onde a família conquistou todo o caminho e está cravada a “Cruz da Via Sacra” a qual Dom Eduardo é convidado a abençoar a Cruz. Dom Eduardo fez questão de caminhar na Via Crucis e contemplar cada estação até chegar ao Santuário.

A família de Schoenstatt e todos os peregrinos agradece a Dom Eduardo Malaspina por toda sua servidão a Cristo, a Igreja e toda a assembleia. Colocamos em nossas orações os caminhos e passos de Dom Eduardo para que continue sob a luz da sabedoria e conduza com dignidade e retidão nossa diocese como administrador e que nosso Santo Papa conceda uma diocese que abrigue e acolha com amor e alegria as palavras e gestos de Dom Eduardo, abandonado nas mãos de Maria como instrumento apto a servir assim como Ela que deu seu “sim” amoroso e singelo.

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