Diocese São Carlos jun 28, 2017

Padre Paulo Dalla Dea é Missionário da Misericórdia definitivo do Papa Francisco

Padre Paulo Dalla Dea  é Missionário da Misericórdia definitivo do Papa Francisco

No último dia 22 de junho, Padre Paulo Fernando Dalla Dea, capelão da Igreja Santo Antonio, em Guarapuã, distrito de Dois Córregos, foi nomeado Missionário da Misericórdia definitivo. No ano passado, durante o Jubileu da Misericórdia, ele já havia sido um dos 30 brasileiros e o único da Diocese de São Carlos e da região ser indicado pelo Papa Francisco para atuar como Missionário da Misericórdia, ouvindo confissões e perdoando pecados que são reservados ao Papa

Entre 8 de dezembro de 2015 e 20 de novembro de 2016 aconteceu o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco.

O Jubileu da Misericórdia começou com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro e de todas as igrejas católicas do mundo. O evento não acontecia desde o ano 2000, data do último Jubileu.

A importância do Ano Santo está na própria iniciativa do Papa Francisco, que o instituiu após perceber o mundo hoje precisa viver a misericórdia, o perdão, que as pessoas precisam dar uma nova chance aos outros. Com o tema “Sede misericordiosos como Pai”, 1071 Missionários da Misericórdia, sacerdotes indicados por várias dioceses do mundo por suas capacidades pastorais, espirituais e de escuta, foram nomeados pelo Papa, que lhes confiou a missão de serem anunciadores do Ano Santo em suas igrejas. Os requisitos desses Missionários eram:  serem confessores humildes e sábios, capazes de perdoar a quem se aproxima deste sacramento.

Durante o Ano Jubilar (2015/2016) o Papa concedeu a todos os sacerdotes a faculdade de absolver do pecado do aborto. Aos missionários da misericórdia, deu a autoridade de perdoar também os pecados que são reservados à Sé Apostólica, que de acordo com o Direito Canônico, são cinco: a profanação das espécies consagradas; a violência física contra o Papa; a tentativa de absolvição do cúmplice num pecado contra o sexto mandamento e a violação direta do segredo da confissão.

E um desses 1071 Missionários da Misericórdia no mundo, cerca de 30 no Brasil, foi o doiscorreguense Padre Paulo Fernando Dalla Dea, capelão da igreja de Santo Antonio, em Guarapuã, distrito de Dois Córregos.

Padre Paulo possui mestrado em Teologia Pastoral com especialização em Adolescentes e Crisma, doutorado em Educação e Religião e, um Pós-Doc no Canadá em Ciências da Religião, além de ser professor na Faculdade Jauense. É também assessor da Pastoral Universitária na sua Diocese.

Ele foi indicado pelo bispo da Diocese de São Carlos, selecionado e nomeado pelo Papa Francisco, o único que pode nomear os Missionários e lhes confiar o mandato de anunciar a beleza da misericórdia de Deus e de ser confessores humildes e pacientes, capazes de perdoar a quantos se aproximem da Confissão.

“Ser um Missionário da Misericórdia é ser um agente de promoção de reconciliação, da justiça social e do perdão nas igrejas. A função principal é mostrar o rosto da misericórdia de Deus e fazer com que os pobres, os preferidos de Deus, não sejam esquecidos”, diz o padre acrescentando que “no encerramento do Jubileu, o Papa Francisco escreveu a Carta Misericordia et Misera, explicando que essas duas palavras – misericórdia e miséria – foram as duas palavras usadas por Santo Agostinho para descrever o encontro de Jesus com a mulher adúltera. Essa passagem bíblica, segundo o Papa, ilumina a conclusão do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, “indica o caminho que somos chamados a percorrer no futuro”, e diz ainda que, é tempo de olhar adiante e ver como continuar experimentando a riqueza da misericórdia divina. Nesse texto Francisco pedia aos Missionários que continuassem o trabalho de cura e reconciliação”.

No encontro que teve com o Papa, no ano passado, Paulo e os demais Missionários da Misericórdia ouviram que o Santo Padre não queria rostos tristes ou bravos com os penitentes; “quero missionários alegres e acolhedores com todos; ouçam as pessoas sem julgá-las”.

Por isso mesmo, Francisco destacou a necessidade das pessoas reconhecerem seus pecados para experimentarem a misericórdia de Deus. “É necessário reconhecer ser pecador para reforçar em nós a certeza da misericórdia divina”. E ele ensinou uma oração simples para que se faça isso diariamente: “Senhor, eu sou um pecador, eu sou uma pecadora, venha com a sua misericórdia”.

“No dia em que fomos nomeados, o Papa pediu que fizéssemos duas horas de orações diante do Santíssimo Sacramento. Foi um momento de muita graça para mim, onde Deus mostrou todos os meus pecados pessoais e onde preciso melhorar para ser mais acolhedor com as pessoas”, finalizou Padre Paulo.

E esta semana o Padre Paulo Dalla Dea recebeu o decreto do Papa Francisco, nomeando-o Missionário da Misericórdia definitivo.

O decreto, escrito em latim, diz o seguinte:

“Francisco, Sumo Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana, nomeia o Revmo. Pe. Paulo Fernando Dalla Dea como missionário da misericórdia e, como um presente da grande Misericórdia de Deus Pai, cada pecado que é reservado à Santa Sé seja ritual e validamente perdoado por ele em toda a Terra, segundo a instrução dada pelo Decreto que o constituiu, até que se ordene em contrário.

No seu dom ministerial tenha presente a salvação dos cristãos, devendo fielmente cumprir seu dever com simplicidade, benevolência e bondade de coração, tendo em vista sempre a Misericórdia de Deus, o Pai das Misericórdias, e a Santíssima Virgem Maria, Mãe da Misericórdia.

Amor, paz e misericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo, esteja sempre contigo.
Feito a partir dos escritórios do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, em 21 de novembro, 2016 D.C.

Salvador Fisichella, Titular Vicohabentinus; Octavius Ruiz Arenas, secretário”

Texto : Jornalista Ignez Lobo

 

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