Diocese São Carlos ago 9, 2017

Na catequese, Papa fala do perdão como “motor da esperança”

Na catequese, Papa fala do perdão como “motor da esperança”

Reflexão foi centrada na misericórdia de Jesus; Papa lembrou que Igreja é feita de pecadores que experimentam o perdão de Deus

Por Rádio Vaticano

“O perdão divino, motor da esperança” foi o tema da catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira, 9, para cerca de sete mil pessoas na Sala Paulo VI.

A reflexão partiu de um trecho do Evangelho de Lucas, em que Jesus, convidado à casa do fariseu Simão, perdoa os pecados de uma mulher que se inclinou sobre seus pés para lavá-los com óleo perfumado. Francisco comentou a reação dos convidados de Simão ao ver Jesus perdoar a pecadora, um gesto considerado ‘escandaloso’. Segundo a mentalidade da época, Jesus, profeta, não deveria permitir que a mulher se inclinasse sobre seus pés para lavá-los com perfume; a separação entre o santo e o pecador, entre o puro e o impuro, deveria ser nítida.

“Desde o início do seu ministério público, Jesus aproxima-Se e deixa aproximar de Si leprosos, endemoniados, doentes e marginalizados. Quando encontra uma pessoa que sofre, Ele assume como próprio o sofrimento dela: não prega que este sofrimento se deve suportar heroicamente, mas faz Sua aquela pena”.

Segundo o Papa, é este o comportamento que caracteriza o cristianismo: a misericórdia. Jesus sente compaixão. Onde houver um homem ou uma mulher sofrendo, Jesus vai querer a sua cura, sua libertação e sua vida plena. E é por isso, explicou, que Ele acolhe os pecadores de braços abertos.

“Quanta gente perpetua numa vida de erros por não encontrar ninguém que os veja com os olhos diferentes, com o coração de Deus, ou seja, com esperança? Jesus entrevê uma possibilidade de ressurreição mesmo para quem fez um monte de opções erradas”.

Essa atitude, porém, levou Jesus à Cruz, ressaltou o Santo Padre. Jesus foi crucificado sobretudo porque perdoa os pecados, porque quer a libertação total, definitiva do coração do homem. Assim, os pecadores são perdoados; Jesus oferece a quem errou a esperança de uma vida nova.

O Santo Padre acrescentou ainda uma reflexão sobre a Igreja. “Nos faz bem pensar que Deus não escolheu como primeira massa para formar a sua Igreja as pessoas que não erravam nunca. A Igreja é um povo de pecadores que experimentam a misericórdia e o perdão de Deus”.

Ele destacou, por fim, que todos somos pobres pecadores, carentes da misericórdia de Deus, que tem a força de transformar e de oferecer esperança, todos os dias. Concluindo, o Papa completou: “A quem compreendeu esta verdade basilar, Deus confia a missão mais bela do mundo: o anúncio de uma misericórdia que Ele não nega a ninguém”.

Foto: Reprodução CTV

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